2010-07-31

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituíve e que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho.
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe. Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros.
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena.

Mário Quintana

2010-07-20

A insustentável leveza do ser

"... Levantou-se para recebê-la, ela tomou-o nos braços e cobriu-o de beijos. Tinha vontade de dizer-lhe, como a mais comum das mulheres: não me deixe, me guarde perto de você, me escravize, seja forte! Mas eram palavras que não podia e não sabia pronunciar.
Quando ele afroxou o abraço ela apenas disse: - Como estou contente em estar com você! - Com sua natural discrição não podia dizer mais do que isso."

2010-07-16

Alô, alô Marciano

Alô, alô, Marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar, estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano ta na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society

A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down o high society

A coisa tá ficando russa
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atolar Alá
Tá cada vez mais down o high society

2010-07-13

Secretaria de Saúde do Rio dispensa mais licitações do que outros estados

Em 2009, 13% das compras foram feitas sem licitação, R$ 81 milhões.
As compras foram mais caras do que as de estados que usam o pregão.

A rede estadual de Saúde do Rio tem hospitais, UPAs e institutos especializados. Só com medicamentos e material médico-hospitalar para essas unidades o estado gastou mais de meio bilhão de reais no ano passado. Mas nem sempre os fornecedores dos produtos foram escolhidos por concorrência pública. A secretaria estadual de Saúde dispensou a licitação em compras que somam R$ 81 milhões. E, muitas vezes, alegou que era caso de emergência.

Antibiótico, anticoagulante, analgésico e até gaze usada em curativos são apenas alguns produtos da lista de compras emergenciais da secretaria de Saúde. Só que sem licitação os preços ficam muito acima do que normalmente é cobrado no mercado. Na comparação com as compras de outros órgãos públicos, a secretaria jogou dinheiro fora.

Em novembro do ano passado, a secretaria de Saúde comprou - sem licitação - o antibiótico levofloxacino 5 mg, por R$ 19,20 a unidade. Dois meses antes, numa concorrência pública, a prefeitura de Porto Alegre havia pagado R$ 10,86 pelo mesmo produto. A diferença: o estado do Rio pagou 77% a mais.

Também em novembro de 2009 o frasco de dipirona sódica 500 mg saiu a R$ 0,90 para a secretaria estadual do Rio. Em junho do mesmo ano, o medicamento - na mesma apresentação - custou R$ 0,37 para a prefeitura de Maringá, no Paraná.

Dispensa de licitação

Sergio Guerra, professor de direito administrativo da Fundação Getúlio Vargas, explica que é dever do gestor público estimular a disputa entre o maior número de empresas para obter o melhor preço. "Há limites para o administrador público. Ele não pode utilizar simplesmente esse instituto da dispensa da licitaçao a seu bel prazer. A eficiência significa conseguir os melhores resultados com o menor custo possivel", explica.

Nem mesmo quando adquire grandes quantidades a secretaria de Saúde parece ter descontos nas compras emergênciais. Hoje, é possível comprar o pacote de gaze a R$ 0,65 na farmácia. Em novembro de 2008, quando comprou quase 7,5 milhões de unidades, pagou R$ 0,59. Quase o mesmo preço do balcão. A despesa total, na época, ficou em R$ 4,4 milhões.

Para comprarar, no ano seguinte, a prefeitura de São Paulo pagou pelo mesmo produto a metade do preço: R$ 0,29 cada pacote. Compra feita em pregão. Se tivesse conseguido pela gaze o mesmo preço cobrado em São Paulo, o estado do Rio teria economizado - em uma única compra - R$ 2,2 milhões.

A secretaria estadual de saúde do Rio dispensou a licitação em 13% dos gastos de 2009. Não é o que acontece em outros estados do país. No Paraná, segundo a secretaria de saúde, foram 5%. Em Pernambuco, apenas 2%. E no Rio Grande do Sul, a secretaria de Saúde informou que desde 2007 não dispensa licitação em nenhuma compra de material e medicamentos.

Compras sem licitação apenas em casos extremos

Claudio Abramo, diretor executivo da Transparência Brasil, ONG que combate a corrupção, diz que as compras sem licitação só devem ser feitas em casos extremos, como calamidades públicas. "Essas emergências sao programadas. Se espera que haja necessidade de fornecimento de um determiando produto, espera até o ponto em que fazer uma licitaçao não dá mais, e aí então compra por emergência. É uma coisas manjadíssima", diz.

A compra de heparina sódica - um anticoagulante - é outro exemplo de mau negócio para o governo do estado. Em novembro de 2009, a secretaria comprou emergencialmente 45 mil ampolas do medicamento. Pagou R$ 7,90. Dois meses antes, a prefeitura de São Paulo comprou quase a mesma quantidade: 43 mil ampolas por R$ 4,43 a unidade. O Rio pagou um preço 78% mais caro.

Todas essas compras foram autorizadas pelo então subsecretário executivo de Saúde, Cesar Romero Vianna Jr. Ele foi exonerado depois que o RJTV denunciou o superfaturamento no contrato de manutenção de carros de combate à dengue assinado entre a secretaria e a Toesa Service. Cesar Romero Vianna é primo de Verônica Vianna, mulher do secretário de Saúde Sérgio Cortes. Os dois trabalhavam juntos desde o tempo em que ocupavam cargos no instituto nacional de traumatologia e ortopedia.

Excesso de procura nas unidades de saúde

O RJTV pediu uma entrevista ao secretário Sérgio Cortes -- mas o indicado para falar foi o novo subsecretário executivo, Maurício Passos. Ele diz que houve excesso de procura nas unidades de saúde do estado. "O que aconteceu em 2009 foi em razão do próprio excesso de pessoas atendidas que estavam fora do nosso campo de planejamento e isso redundou num desbastecimento e tivemos que fazer processo emergencial até que se apurasse um procedimento licitatório normal a compra desse material."

Ao ser perguntado sobre a compra emergencial de gaze, ele respondeu: "correto, a gaze é uma material que nós usamos com muita frequência em nosso estabelecimentos." Sobre o preço pago, explicou: "há de convir que compra feita pela secretaria de saúde é diferente de compra feita pelo particular no estabelecimento comercial comum. Por que? A secretaria de Saúde quando vai adquirir material é pra uma rede de mais de 30 hospitais da rede e mais de 30 UPAs."

O subsecretário foi perguntado sobre a lei de mercado, que diz que grandes quantidades abaixa o preço. "Isso aparentemente acontece. Mas não acontece quando assim fazemos," disse. E explicou que "infelizmente nós não podemos numa compra emergencial verifcar o que se pagou em São Paulo, Minas, por que nós temos a necessidade de comprar naquele momento."

2010-07-12

"Se tentaram matar os teus sonhos,
Sufocando o teu coração,
Se lançaram você numa cova,
e ferido perdeu a visão.
Não desista, não pare de crer.
Os sonhos de Deus jamais vão morrer.
Não desista, não pare de lutar, não pare de adorar.
Levanta teus olhos e vê,
Deus está restaurando os teus sonhos e a tua visão."

2010-07-05

Como é fácil ser difíciul

Como é fácil ser difícil. Basta ficar longe dos outros e, desta maneira, não vamos sofrer nunca.Não vamos correr os riscos do amor, das decepções, dos sonhos frustrados.

Como é fácil ser difícil. Não precisamos nos preocupar com telefonemas que precisam ser dados, com pessoas que pedem nossa ajuda, com a caridade que é necessário fazer.

Como é fácil ser difícil. Basta fingir que estamos numa torre de marfim, que jamais derramamos uma lágrima. Basta passar o resto de nossa existência representando um papel.

Como é fácil ser difícil. Basta abrir mão do que existe de melhor na vida.


Paulo Coelho - Maktub